quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

10 anos

E ontem completaram 10 anos. Ontem, ou antes de ontem. Eu e minha mãe sempre discutimos quanto à data. Talvez porque aconteceu de noite, na virada dela. Eu estava em casa. A casa em que nunca mais morei depois dessa noite. Com a família que nunca mais tive depois dessa noite. E estávamos cada um em um cômodo, sabe? Não havia pressão para tentar conversar. Só estávamos lá e era suficiente. E então você se foi. E desde então eu me escondo. Minha irmã foge. E minha mãe se esforça para compensar com medo de ficar só.
Eu não posso dizer que não é justo, meu bordão preferido. Porque, na verdade, é. Acontece com todo mundo em determinado momento.
Achei que ia me sentir melhor escrevendo mas estava errada. Vou interromper esse texto por aqui. Um dia continuo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Volta às aulas

Hoje não vim dizer que te amo. Você já sabe. E não é o que precisa ser relembrado nesse momento. Hoje não. Hoje, vim dizer que sei que você me ama. Sei que o cansaço em excesso vai começar a aparecer, junto com o mau humor e a falta de tempo, que em conjunto te impedirão de fazer declarações mirabolantes. Então, aceite minha forma sincera de dizer que sei de tudo isso e que vou aguardar aqui pelas novas férias, pelo próximo tempo disponível. E vou saber que você ma ama sempre que, mesmo que tudo contribua contra, você me mandar aquela mensagem me desejando bom dia ou boa noite. Sempre que você resolver estudar no meu quarto para pelo menos ficar pertinho.

Não vou dizer que te amo, mas folofow.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Só observo.

Eu te vejo e me encanto. Tão certo quanto a sua presença, mesmo quando metafísica, é aquilo que sinto. Observo enquanto você joga algo bobo. O tempo passando e você sempre aqui. Comigo.

Não estou inspirada. Os pensamentos depois da overdose de livros de ficção estão meio desconexos, ao menos por enquanto. Talvez por isso eu internalize você, te destrua em pedaços de vidro mentalmente para compreender cada caco do que te compõe.

Tão complexo e louco. Tão completo que me sinto drogada. Viciada. Nunca vou conhecer tudo de você e a única conclusão é que continuarei tentando, porque isso me instiga. Saber que você não é raso. Saber que em você posso me perder, me incita a continuar aqui; como uma história sem fim. Como um livro que, por mais que você tenha vontade de pular para a última página para descobrir o final, não o faz porque sabe que seria sem graça.