segunda-feira, 19 de maio de 2025
Mais desabafos
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
BYD
É assim que começa.
As formas mudam. O design de impacto.
Carros parecem máquinas
Como se já não fossem
Mas é diferente.
É futurista
É o princípio do caos
Realidade virtual
Controle de massa
A rede social não é mais social
É um labirinto
É um abismo de inanição
É assim que acaba.
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Poesia que poderia se chamar "não é sobre borboletas" se eu fosse outro tipo de pessoa que não encara borboletas posicionadas aleatóriamente e reflete sobre a vida
Borboleta pousada
Parede do elevador
Fixei o olhar e ela voou
Apertei o botão
Voltei para procurá-la
Seguindo os eixos da projeção esperada
Não encontrei
Achei que tinha sumido
Que era uma imaginação bem densa
Mas ela só estava em outro lugar
Longe da linha imaginária
Longe do calculado
Voando para cima
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Newton
Chego na beira
De tempos em tempos
Quando falta oxigênio
E a gravidade parece mais pesada
A maçã de Newton se tornando uma arma
Com o tempo construí armadilhas do bem
Amarrei cordas
Construí redes de proteção
Algumas coisas para aparar a queda
Assim, cair deixou de ser letal
(No momento)
Mas imagino que os trapezistas que eu admirava
Também ficam roxos e doloridos
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Angular
Hoje eu olho para a folha trançada de coqueiro e me lembro de você
Como as pedras empilhadas, a sensação é de que alguém esteve aqui antes
Alguém olhou para o que eu não vi
Eu não sabia que a força do vento que me guia
Também tem tempo para pregar peças
Natureza estranha
As coisas mais fortes do universo também podem ser delicadas
Também podem ser frágeis ou vulneráveis
E ainda assim fortes
Um novo ponto de vista
Uma percepção de outro ângulo
O mundo inteiro em caos
E você vê a folha e sorri
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
heavy
terça-feira, 21 de maio de 2024
RECAPITULANDO
segunda-feira, 22 de abril de 2024
autocuidado
terça-feira, 16 de abril de 2024
Chorando de barriga cheia, para variar
Eu queria poder reclamar das tristezas que me causam angústia, mas não posso. Sei que não seria justo com você.
No fundo, eu sei que você não me deve nada. Depois de tantos anos distante, vivendo em outro mundo, eu me sinto culpada e negligente. E, agora que voltei, crio essa expectativa em estar perto e compensar o tempo perdido. Mas as coisas não funcionam dessa forma. Agora é você que está longe, passando pelas coisas que precisa passar.
É difícil lidar com meus sentimentos egoístas. Eu fiquei triste porque você não estava quando cheguei. Eu julguei o motivo de você não estar, pois preferiu ficar bebendo em outro lugar em vez de me apoiar. Eu estava nervosa, em crise. E fiquei magoada por não encontrar em você o que eu precisava.
Mas eu também entendo. Entendo que eu posso sentir o que eu quiser e que o problema é meu. Entendo que tenho que te dar o espaço para tomar as suas decisões.
Eu só…
Eu só sinto saudades. É basicamente isso.
Geralmente, quando a pessoa está bem, não recebe tanta atenção, pois não precisa. Existem outras coisas que se tornam prioridades. E eu não posso reclamar, pois faço isso também. Sei que existem diversas coisas mais importantes que eu, mas não é fácil sentir isso.
No fim, eu só queria desabafar um pouco enquanto espero, na esperança que um dia as coisas voltem a ser como antes.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
Paper girl
Os cabelos castanhos esvoaçantes. Os lábios desenhados em vermelho. Um sorriso de encantar multidões.
Além da força do seu olhar, que funciona como um imã através do bar lotado.
Eu deveria ter te conhecido anos antes, não fosse a vida ser como é.
Quanto tempo passou para que eu descobrisse que a sua delicadeza parece com a minha.
Que você é tão encantadora sóbria quanto quando o alcool te deixa doidinha.
E eu apenas observo e penso o quanto você parece uma musa da qual as pessoas escrevem livros.
Você tem aquele jeito meigo que mal conheço e já conheço tanto; aquele jeito que transborda poesia.
Aquele jeito que quero continuar conhecendo.