De frente um ao outro, o casal se posta. As mãos se tocam, os braços se enlaçam. Os olhos brilham em ardor pelo interesse despertado, prontos a começar. Um pé se move para frente e o outro foge para trás. Enquanto um se aproxima o outro se afasta, até que chega a vez deste perseguir o outro. E assim se movem, intercalando os papeis de caçador e de caça.
Se um perde o interesse, o outro se sente sozinho. Se o desejo acaba, o salão fecha e as luzes se apagam em falência. Quando um cansa de produzir investidas, a dança continua com o outro montando seus passos para frente. Até a pele encoste na parede parede. E não há mais dança, ou espaço para continuar. Por fim a música para. As mãos se soltam. De costas um para o outro, os dois caminham estradas opostas e descobrem que melodia infinita é apenas um conceito.
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