Eu vejo seus olhos
O escuro apenas os emoldura
O frio facilita a lentidão
E eu os encaro
Você age como se eu não percebesse
Continua como se eu não tivesse visto
Enquanto é difícil já não te ver como um livro
Linhas tão definidas e entrelinhas inexistentes
É apenas o que você é
O vazio que tenta sugar a vida em mim
A personagem cuidadosamente esculpida
Enquanto estou acostumada com a literatura
Obrigada pela inspiração para escrever
Pelo sangue pulsando nas veias em fúria
Que acaba por deixar minha pele mais bonita, irrigando-a
Eu já abandonei muitas pretensões sobre meu ser
Deixei de me iludir com as qualidades
Mas me encontro certa de que existe algo que eu não sou
E eu não sou alguém como você.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Bela atriz
E se tudo que ela disse for real?
Desde os barulhos no chão
Até os rostos nas sombras?
Porque se houvesse verdade em sua sentença
Teria que entender a falta de medo nos olhos
Ausência de procura por colo
Mas não.
Somente constatou que havia algo entre nós
Além dos móveis velhos.
Quanto mais eu tentava dar realidade àquelas palavras
Mais passos para longe ela caminhava: ela fugia;
Procurei por tons de loucura em seus olhos
Encontrei apenas um castanho profundo
E o brilho forte causado pela certeza de suas próprias palavras.
Fui invadida por sua convicção
Até sentar-me, transtornada.
Eu nunca vi nada que não fosse concreto.
Mas não mais precisei ver para ter fé.
Desde os barulhos no chão
Até os rostos nas sombras?
Porque se houvesse verdade em sua sentença
Teria que entender a falta de medo nos olhos
Ausência de procura por colo
Mas não.
Somente constatou que havia algo entre nós
Além dos móveis velhos.
Quanto mais eu tentava dar realidade àquelas palavras
Mais passos para longe ela caminhava: ela fugia;
Procurei por tons de loucura em seus olhos
Encontrei apenas um castanho profundo
E o brilho forte causado pela certeza de suas próprias palavras.
Fui invadida por sua convicção
Até sentar-me, transtornada.
Eu nunca vi nada que não fosse concreto.
Mas não mais precisei ver para ter fé.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Talvez o que mais doa seja a certeza de que a dor é o caminho certo. É difícil aceitar a dor como companhia e, ao mesmo tempo, é inevitável, por não se tratar de escolha. De todas as direções que a vida poderia tomar, quem poderia saber que o que você julgava serem tentativas para alcançar a felicidade te levaram até uma derrota cruel, mas sincera. Até um ponto em que sinto frio sem seu calor. E não consigo pedir uma porção de pão de queijo com mate e limão, por causa do cheiro da alegria que não suporto não possuir. Simplesmente não é justo que essa seja a escolha certa, mas é. E causa dor do mesmo jeito. Sinto falta do mesmo jeito. Machuca do primeiro sorriso até a partida sem bilhete. Mas, no fim, tudo que importa é que tenha valido o esforço que ambos fizemos e que as lembranças te tragam felicidade se em um momento você se sentir sozinho.
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