Eu vejo seus olhos
O escuro apenas os emoldura
O frio facilita a lentidão
E eu os encaro
Você age como se eu não percebesse
Continua como se eu não tivesse visto
Enquanto é difícil já não te ver como um livro
Linhas tão definidas e entrelinhas inexistentes
É apenas o que você é
O vazio que tenta sugar a vida em mim
A personagem cuidadosamente esculpida
Enquanto estou acostumada com a literatura
Obrigada pela inspiração para escrever
Pelo sangue pulsando nas veias em fúria
Que acaba por deixar minha pele mais bonita, irrigando-a
Eu já abandonei muitas pretensões sobre meu ser
Deixei de me iludir com as qualidades
Mas me encontro certa de que existe algo que eu não sou
E eu não sou alguém como você.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
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