quinta-feira, 24 de julho de 2014

Bedmate

Vejo agora a cama vazia. Em pensar que há apenas algumas horas você estava nela fazendo charme para acordar; me arrastando junto para o seu mundo de sonhos, me puxando de volta sempre que eu tentava levantar. Você ali e eu não preciso de muito mais: até as palavras são dispensáveis. Lembro dos beijos de sono, que começavam na boca e desciam ao pescoço onde adormeciam assim que o nariz se aconchegava no meu perfume. Ou de como é bom sentir sua respiração na minha nuca.
Eventualmente temos que levantar, claro. Mas não há vez em que eu não queira voltar atrás e me esconder no seu abraço quentinho e coberto. Chego a me questionar se não era melhor ter faltado aquela aula, deixado de lado a festa ou pedido demissão. Qualquer coisa que ocupasse a oportunidade de morar na preguicinha do seu sorriso sonâmbulo.
A simplicidade pode ser tida como boba. Mas sei que vou terminar o texto, deitar e, assim que fechar os olhos, tatear o colchão procurando sua pele. É simples assim e isso é quanto sua presença me faz bem.

2 comentários:

Kamus. disse...

Eu acho que vc tá mesmo apaixonada por esse cara ai.

Roberta Albano disse...

;)

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