Existe algo dela espalhado em todos os cantos da minha casa. Cabelos infinitos em cada canto, de uma forma que eu nem entendo como. Existe ela própria espalhada por cima de mim, não importa a situação. Se estamos no sofá, ela deixa as pernas sobre as minhas ou, quando está frio, sempre acha uma forma de encaixar os pés debaixo de mim. Às vezes se aconchega no meu ombro para ver filme, e teima comigo que não vai dormir, quando nós dois sabemos que vai. Se estamos na cama, sou completamente entrelaçado por um abraço interminável com os braços e as pernas, enquanto sofro com as cócegas se seus cabelos. Mesmo no verão, quando está quente demais para isso, ainda que fique longe, ela sempre deixa pelo menos o pezinho encostado no meu.
É que ela gosta de estar perto. E esse é só o jeito dela demonstrar o quanto minha presença a acalma. Como se eu pudesse protegê-la de tudo. E ela não consegue nunca estar perto sem me tocar. São agora quase quatro anos desde o primeiro beijo, e ela ainda não consegue estar perto sem me tocar. E ela diz que é melhor eu me acostumar.
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