terça-feira, 4 de março de 2014

A chave



Aqui estou trancada no quarto. Sem roupa. Sem um sequer nó de tensão no corpo. Pedi que levasse a chave para evitar minha obrigação de levantar eu mesma e virá-la duas vezes na fechadura, como se eu conseguisse fazer isso agora. Na verdade, as pernas tremem mais do que posso controlar e constituem um peso tão grande que apenas consigo arrastá-las no colchão para ajeitar-me numa posição mais confortável.
De olhos fechados, revivo os momentos passados, frescos no suor ainda não seco. Cada frase e toque que me deixaram quente possuem o mesmo poder na imaginação e gasto o tempo na esperança de ouvir o barulho da porta se abrindo; me libertando e te trazendo de volta.
Cada palavra que você disse sussurrando com suavidade em meu ouvido tornou-se sonho, fez-me leve. E cada detalhe delicado trouxe vontade para entendê-lo, potencializando os sentimentos e as sensações. Até que pude então transbordar de paixão, não mais capaz de conter ou temer tudo que você se tornou para mim. O coração acelerado, os olhos molhados e tudo que tive vontade de dizer foi que te amo, mesmo que você já saiba.

2 comentários:

Kamus. disse...

Difícil explicar o quanto eu te amo!

Roberta Albano disse...

:')

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