Passava pela rua quando a vi entregue.
Estirada;
Falecida.
Se houvesse esperança, estaria apenas adormecida:
Mas não havia.
Assim como não havia sangue.
Uma vez sem prova,
Por que seria crime?
Quem vetou o sono repentino?
O cansaço contínuo da regra.
Virei-a, a barriga para cima,
Procurando por sua humanidade intacta.
Invicta;
Irremediável.
Não a encontrei.
Assim como não havia alma.
Mas quem precisa de alma
Quando o dia resfria e estilhaça?
É só de pão sim.
Só pão e o corpo continua a trabalhar.
O coração batia
Sem o brilho nos olhos, continuava a bater
Era vida sem sonho?
Ou era morte sem sono?
domingo, 16 de novembro de 2014
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