Distrações funcionam, mas não funcionam indeterminadamente. Uma hora chega a verdade, a memória. Não batem na porta. Ignoram a campainha. Não se importam com meu sono.
O tempo passa e eu não sei o que magoa mais.
Traição em si ou descobrir que você não faz ideia de quem era aquela pessoa te traindo.
Acho que a primeira opção será curada com o tempo. Já a segunda... acho que a segunda só vai ter um gosto mais forte depois de ser conservada num barril de carvalho, para que eu nunca pare de apreciar. E por apreciar quero dizer relembrar e amargurar.
Eu não gosto de postar essas coisas aqui. Provavelmente, vou pagar tudo quando esse tempo passar.
Mas não posso continuar ocupando os ouvidos amigos. Além do mais, ninguém nunca me entendeu melhor que eu mesma refletindo através da escrita.
Se eu pudesse voltar no tempo, diria que você não precisava fazer isso, sabe? Existem outras formas de me machucar. Você poderia ter simplesmente ido embora. Não precisava ter botado em dúvida meu senso de julgamento construído por três anos.
Eu costumava me gabar sobre você não ser como outros homens. Tão comuns e desrespeitosos. Era um orgulho.
Quão errada eu estava.
Você se foi e o questionamento ficou.
Não fui bonita o bastante?
Engraçada o bastante?
Atenciosa o bastante?
O que foi que diabos faltou?
Porque eu posso não ser a melhor pessoa do mundo. Mas eu costumava ser mais do que você, pelo menos. E nem por isso eu te magoei.
domingo, 31 de julho de 2016
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