quinta-feira, 18 de julho de 2013

Incontrolável

Sabe aqueles sentimentos que partem de impulso? Aqueles que podem ser comparados a elementos químicos que agitam as partículas no sangue causando um calor extremo ou uma irritação alérgica.
Então. Esses são difíceis de conter. De manter na encolha para ser capaz de fingir que tudo está perfeito como de costume. A alternativa mais fácil se torna o isolamento: já que a sua imagem projetada na minha frente me causaria muita raiva deixo de te ver. E, se deixo, é porque você está certo. Você está bem e feliz. Se estivesse errado, optaria por ficar e esmurrar sua face sem carinho ou brincadeira. Mas, uma vez que o acontecido não é errado, esmurro minha própria cara contra o travesseiro para abafar os gritos que queria dar no seu ouvido, porque, mais uma vez, você está bem. E isso não é tudo que eu queria? Ah, essa dificuldade de ter uma vontade só. Ou de, pelo menos, decidir entre elas qual seria a melhor. Nessa inconformidade de sentimentos, opto por manter apenas o que posso controlar: a distância.

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