segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em que ponto perdemos tudo que sempre fomos e deixamos nossos sentimentos e desejos serem desgastados com cobranças sem fim? Queremos sempre o início novamente, porque é nele que os sentimentos são puros. O presente nos oferece saudades do passado mas será também saudade quando se tornar futuro. Então vivemos disso? Nos lamentamos por tudo aquilo que não vivemos para sempre achar tudo aquilo que não temos melhor?
O que eu sei é que agora eu estou viva. E que tenho escolhas. Coisas que no passado já se foram e eu não posso mudar. Você está preso à sua história e às vezes você queria ter feito diferente. Mas, oras, no presente você pode. Você pode ser diferente, você opta pelos caminhos que te fazem feliz para que no futuro você sinta falta deles. Do que é que sentimos tanta saudade afinal? Ou, se sentimos, por que é que achamos isso bom? Se o tempo já foi perdido resta-nos alegria ou arrependimento e só. Você não vai sentir o que já sentiu, tudo acontece no agora.
Por tanto tempo me soterrei de emoções passadas, como canso de fazer vez após vez. E magoo a mim mesma, sozinha como sempre fiz, além de quem está no caminho. Lembrei de uma poesia escrita por um amigo onde vejo que tenho tudo que preciso e, apesar disso, sou sempre insatisfeita e exigente com tudo e com todos.
Desculpa, não sei se sei ser diferente disso. No fundo, acho que só eu me entendo. Não sei quantos vão resistir ao meu lado. Antes, fosse eu pobre de tudo que poderia me fazer feliz, do que ter uma vida perfeita que me perde no tempo. Acho que é isso, vivo como se não pertencesse ao meu tempo. Deito a cabeça no travesseiro e enxergo lembras e não meu teto. Olho pela janela e enxergo poesia e não um cenário. Conheço personagens e não pessoas. Só que histórias acabam todo o tempo. Mas a vida somente uma vez. Posto isso, devo me concentrar em viver linearmente. E saber que isso trará um só climax na minha vida e não escolherei quando ele virá e nem saberei quando se for. Alguém vai poder dizer depois de tudo. Alguém que não vou ouvir.

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