sábado, 8 de outubro de 2011

Hoje me lembro do quanto era bom sentar no galho mais alto da árvore e sentir ele balançar com o vento frio. Costumava passar horas sentindo, quando era criança. E me lembro, consequentemente, do quanto era bom poder me sentir livre de tarefas a cumprir e de pessoas para bajular. E me lembro dos meus pais saberem o quanto eu me importava com eles pelas minhas ações e não duvidavam disso quando eu precisava de um tempo sozinha.
Achei que seria sempre assim e que as pessoas não duvidariam dos seus sentimentos ou intenções por uma vez que você deixa de dizer. Era tudo tão simples... Nunca achei que tivesse que lutar para convencer alguém do quanto puros são meus sentimentos, enquanto mantivesse meus olhos brilhando.
Sempre me apeguei a tudo que é meu: minhas memórias, minhas raízes, meus conceitos. Me formei e me permiti mudar com argumentos bons o suficiente, para que não fosse arrogante.
E, agora, com a vida turbulenta como se tornou, trazia minha paz de volta tocando na terra enquanto cultivo minhas rosas e margaridas. Preciso me lembrar de que nunca perderei o que é essencial para mim. De tempos em tempos, as faltas de flores vão fazer minha atenção se esvair, mas sei que uma hora ela vai voltar para o lugar certo, como sempre volta.
A verdade é que cansei de correr atrás, para exigir o que é meu. Da mesma forma que sempre discordei quando disseram que eu devia passar a dar foras em pessoas grossas comigo, e esse tipo de coisa. Oras, eu continuo no mesmo lugar e, se sou gentil, deixaria a grosseria vencer? Se fui magoada devo exigir desculpas, uma ver que a pessoa culpada não faz questão de entregá-las? Estou bem comigo mesma, certa de meus conceitos e sentimentos, certa de com quem me importo e que não preciso convencer a ninguém que não queira acreditar de graça.

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