domingo, 28 de abril de 2013

Como você pode? - ele perguntou.
Como você pode despejar palavras em sequencias de ações que nunca existiram? Criar tanta mágica e virar para o lado na cama almejando apenas um sono tranquilo como se não fosse nada de mais. Toda essa vida pulsando nas veias e você mistura com álcool um sangue tão puro; tão doce. Como se fosse jovem e a juventude não fosse algo que pouco a pouco vai deixando de habitar seu peito.
Tomou outro gole, e percebeu que nem devia ter começado. Mais um e percebeu o quanto estava perdendo  fora de sua tontura particular. Podia declarar o quanto, de forma alguma, podia fazer parte do grupo. De nenhuma maneira estava destinada a ser normal para a maioria. Como se fosse importante participar.
Tentou focar a vista em pontos específicos e esperar tudo passar, mas a mente começava a se perder, como se fosse embora de férias e deixasse o corpo largado à descoordenação.
O tempo passa e os problemas se resolvem quase que sozinhos, automaticamente. Esperar conserta quase tudo.
Ela sempre escreveu enquanto esperava o tempo fazer efeito. Sobre ela; sobre eles; sobre ninguém. As palavras eram formas de expor invenções ou readaptações. Ser real é o que menos importava. Nunca se esqueça que o importante é a mensagem passada e o quanto ela pode significar para ela ou para alguém.

2 comentários:

Kamus. disse...

Cada vez que leio sinto algo diferente, como se eu estivesse vivendo isso, o que não é de todo errado, já que eu já passei por isso muitas e muitas vezes. Genial, ainda mais quando se lê de novo.

Roberta Albano disse...

Perfeito saber que algo que escrevi te faz sentir alguma coisa :3 É uma recompensa impagável! Obrigada

Postar um comentário